domingo, 16 de enero de 2011

EL FLUOR EN ODONTOLOGIA

EL FLUOR EN ODONTOLOGIA
A promoção de saúde bucal pode ser feita pelo controle de placa dental, da dieta, e pelo uso de flúor (F). No entanto, para que este uso seja fundamentado mais na razão do que no empirismo, utilizamos hoje do conhecimento existente em pelo menos 4 níveis:
1. Dinâmica do Desenvolvimento da Lesão de cárie;
2. Entendimento do Mecanismo de Ação;
3. Conhecimento sobre Farmacocinética;
4. Toxidade.
Este conhecimento fornece a base não só para usar o flúor mas o deixando de ser uma responsabilidade da odontologia preventiva, mas como uma necessidade de toda a Odontologia para que realmente a mesma seja reconhecida como profissão de saúde e, portanto, consiga preservar o dente na cavidade bucal.
[Farmacocinética
O importante é manter flúor constante na cavidade bucal. Para tal podem ser utilizados métodos chamasistêmicos — água fluoretada, sal fluoretado, comprimidos e gotas com flúor — e os tópicos — aplicação tópica profissional, bochechos e pastas de dente fluoretadas.
Sistêmico
Quando se utiliza um método sistêmico, a manutenção de flúor constante na cavidade bucal é feita da seguinte maneira:
1. Quando ingere, por exemplo, água fluoretada o flúor entra imediatamente em contato com os dentes no ato de ingestão. O flúor deglutido é absorvido pelo estômago e imediatamente retorna à cavidade bucal através da reciclagem pela saliva e fluido gengival;
2. nos períodos entre as ingestões o flúor é mantido constante na saliva metabolicamente. Assim, utilizando de um método sistêmico, parte do flúor absorvido se incorpora nos ossos e depois de um certo tempo de ingestão ininterrupta, que é inversamente proporcional à idade, atinge-se o que se chama de estado aparente de equilíbrio da concentração de F no sangue. Este estado aparente de equilíbrio reflete o equilíbrio de flúor renovável (lábil) nos ossos em relação ao sangue e depende da ingestão contínua de F. Paralisando-se a ingestão de F constante no sangue (não há homeostasia) e, portanto, o nível cai. Quando volta-se a tomar o F restabelece-se novamente o equilíbrio, o que é válido para qualquer parte do organismo, logo à cavidade bucal.
Isto significa que é impossível manter F constante na cavidade bucal por métodos sistêmicos a não ser usando-o freqüentemente. Assim, quando é paralisada a fluoretação da água há perda do efeito cariostático do F, o que deve ser atribuída à sua não manutenção ao nível de placa dental para participar diretamente dos processos de desmineralização-remineralização.
Quando é paralisada a fluoretação de água há um decréscimo significativo de F na placa dental, a qual é restabelecida quando da refluoretação. Isto explicaria o porque as pessoas passam a ter a mesma experiência de cárie como se nunca tivessem tomado flúor, quando deixam de utilizar água fluoretada, embora já tivessem flúor incorporado ao esmalte durante sua formação.
Tópico
Com relação aos métodos tópicos a manutenção de F na cavidade bucal se faz de amaneira análoga aos sistêmicos com uma única diferença. À semelhança dos sistêmicos o flúor é oferecido à cavidade bucal no ato de bochechar, escovar os dentes, assim como ocorre quando se ingere água, mastiga-se um comprimido de flúor ou usa-se flúor gotas. Após certo tempo este F solúvel na saliva é eliminado da cavidade bucal, portanto, é importante considerar qual o período do dia que reteria o flúor por mais tempo. Assim, hipoteticamente o uso de F antes de dormir deve ser aconselhado desde que o fluxo salivar durante o sono é desprezível. Por outro lado, enquanto entre as ingestões o método sistêmico mantém F constante através do equilíbrio com o osso lábil, o método tópico depende da camada de fluoreto de cálcio (CaF2) formada sobre o esmalte-dentina, a qual está em equilíbrio com a saliva.
A quantidade de CaF2 formada é função direta da concentração de F↑ no método e inversa ao pH↓ do mesmo. Isto é, forma-se mais CaF2 imediatamente que a 0,05%. Por outro lado, forma-se mais CaF2 utilizando NaF 2% pH 3,0–4,5 em H3PO4 (flúor-fosfato acidulado) do que NaF a 2% em H2O (flúor neutro). Esta quantidade de CaF2 formada seria importante quando considera-se o risco a cárie significaria outro meio de manter mais constante na cavidade bucal.

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